O Aeroporto de Porto Alegre deve ser reaberto apenas em dezembro. Uma nova vistoria foi feita hoje no Salgado Filho com representantes do governo federal e executivos da Fraport Brasil, empresa que administra o principal terminal aéreo gaúcho, fortemente afetado pelas inundações recentes no Rio Grande do Sul.
O deputado estadual Frederico Antunes (PP-RS) informa que, por meio da CEO da Fraport Brasil, Andreea Pal, soube que o aeroporto não pode ser reaberto antes da primeira quinzena do último mês do ano. Esse prazo só será plausível se as obras no Aeroporto de Porto Alegre começassem a serem feitas já neste mês.
Em comunicado oficial, a Fraport Brasil deixa em aberto o prazo para o retorno das operações do Aeroporto de Porto Alegre, e diz que a fase de limpeza, iniciada hoje, deve durar aproximadamente 45 dias. A concessionária informa ainda que no início de julho provavelmente será possível detalhar as necessidades de intervenções na pista.
Enquanto o Aeroporto de Porto Alegre não abre, boa parte das operações aéreas comerciais no Rio Grande do Sul está sendo feita no Aeroporto de Canoas.
Fraport Brasil: em julho será possível detalhar melhor a situação do Aeroporto de Porto Alegre
Leia na íntegra o comunicado enviado ao Portal PANROTAS
Em reunião na manhã de hoje (3/6) no aeroporto de Porto Alegre, que contou com a presença de Paulo Pimenta, Ministro da Secretaria Extraordinária da Presidência da República para Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, Tiago Pereira, Diretor Presidente da Anac, Tomé Franca, Secretário Nacional da Aviação Civil, Frederico Antunes, deputado estadual e presidente da Frente Parlamentar da Aviação, Pedro Capeluppi, secretário da reconstrução gaúcha e de executivos da Fraport Brasil, foram apresentados os detalhes sobre a situação do aeroporto e os próximos passos para a reconstrução.
Com a diminuição da água acumulada no sítio aeroportuário, foi iniciado hoje o processo de limpeza da pista de pousos e decolagens. A limpeza consiste em uma ampla varredura em toda a extensão das pistas, taxiways e pátios de aeronaves para a retirada de entulhos e detritos. Em paralelo, foram iniciados os testes e sondagens para avaliação da resistência do solo, desde a compactação até a pavimentação, para que tecnicamente seja possível afirmar os impactos causados pelo acúmulo de água durante as últimas semanas.
Esse período de testes tem previsão de durar aproximadamente 45 dias, dependendo das condições climáticas. Estima-se que no início de julho seja possível detalhar as necessidades de intervenções na pista. Em relação aos equipamentos afetados com a enchente, ainda não é possível detalhar o valor total dos danos e quais equipamentos precisarão ser substituídos ou reparados.
Desde que as águas começaram a baixar, a Fraport Brasil está em contato permanente com as seguradoras para avaliação do cenário, recebendo vistorias recorrentes e realizando o inventário de todos os itens que foram impactados.
Ainda, na reunião com as autoridades, a concessionária reforçou o compromisso para a retomada do aeroporto, bem como manifestou sua atuação desde o início da crise climática, zelando pelo aeroporto e sua infraestrutura, bem como facilitando o acesso de equipamentos, bombas e efetivos, para acelerar a retirada de água do aeroporto e de seu entorno.
Desde o início da crise, a Fraport Brasil está em diálogo aberto com o governo federal e as autoridades relacionadas para que a recuperação ocorra da forma mais célere possível. Andreea Pal, CEO da Fraport Brasil, avalia a reunião e vistoria de hoje como positiva para os próximos passos: “estamos atuando junto ao Governo Federal para acelerarmos a retomada do aeroporto. Estamos fazendo a nossa parte com diversas atividades já iniciadas. Se os impactos forem menores do que os previstos inicialmente, vamos torcer para que o aeroporto esteja disponível para o final do ano”.