A China aliviará as restrições de visto para viajantes dos Estados Unidos, no mais recente esforço do país para atrair visitantes estrangeiros desde a reabertura de suas fronteiras no ano passado. Desde anteontem (1º), os turistas norte-americanos não precisam mais apresentar passagens aéreas de ida e volta, comprovantes de reserva de hotel, itinerários ou convites para a China, de acordo com um aviso publicado on-line pela Embaixada da China em Washington.
O processo de candidatura simplificado destina-se a “facilitar ainda mais os intercâmbios entre pessoas entre a China e os Estados Unidos”, afirma o aviso. A medida ocorre em um momento em que a China tem lutado para rejuvenescer o seu setor de Turismo após três anos de medidas rigorosas contra a pandemia, que incluíram quarentenas obrigatórias para todas as chegadas. Embora essas restrições tenham sido suspensas no início deste ano, os viajantes internacionais demoraram a regressar.
No primeiro semestre de 2023, a China registou 8,4 milhões de entradas e saídas de estrangeiros, muito abaixo dos 977 milhões de todo o ano de 2019, o último antes da pandemia, segundo estatísticas de imigração. Em outra tentativa de impulsionar o Turismo, o país asiático anunciou no mês passado que permitiria a entrada sem visto a cidadãos de França, Alemanha, Itália, Holanda, Espanha e Malásia por até 15 dias. O programa experimental de um ano sinalizou a “abertura de alto nível da China ao mundo Exterior”, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Mao Ning, em um briefing diário.
Mas os esforços da China para atrair turistas norte-americanos poderão enfrentar outros obstáculos. Os voos internacionais entre os dois países, definidos por um acordo bilateral, permanecem bem abaixo dos níveis pandêmicos, embora tenham aumentado lentamente nos últimos meses. Durante o verão norte-americano, em meio à deterioração das relações entre Pequim e Washington, os EUA recomendaram que os norte-americanos reconsiderassem viajar para a China, citando o risco de detenções injustas e proibições de saída.
“O governo da República Popular da China aplica arbitrariamente as leis locais, incluindo a emissão de proibições de saída para cidadãos dos EUA e cidadãos de outros países, sem um processo justo e transparente sob a lei”, disse o comunicado.
Com informações do site Travel Weekly