O setor de viagens corporativas atingiu R$ 11,32 bilhões de faturamento em outubro, apresentando crescimento anual de 5,1%, segundo o Levantamento de Viagens Corporativas (LVC) da Alagev em parceria com a FecomercioSP. Os valores representam um incremento de R$ 548 milhões de faturamento ao setor. No acumulado em 12 meses houve aumento de 14,5%. O estudo leva em conta os gastos das empresas com viagens corporativas.
Segundo o estudo, o aumento nos gastos com viagens corporativas não representa, necessariamente, uma elevação expressiva nas demandas por viagens desta categoria. Segundo as entidades, o incremento está associado ao encarecimento das passagens, especialmente no segmento aéreo, decorrente do aumento nos custos operacionais das companhias.
O preço médio das passagens aéreas subiu 67,2% no acumulado de setembro a novembro de 2023, segundo o IBGE. Já o volume de passageiros em voos domésticos permaneceu estável nesse intervalo, mantendo-se em torno de 7,58 milhões mensais, segundo a Anac. Em relação ao melhor desempenho registrado em outubro da série histórica, observado em 2013 e analisado pelo LVC, o patamar atual apresenta uma queda de 4,4%, visto que, naquela ocasião, o faturamento atingiu R$ 11,84 milhões, já corrigido pela inflação do período.
Em nota, a Alagev ressalta que a prática comum de adquirir os bilhetes em datas muito próximas da viagem impacta significativamente o orçamento das empresas no atual cenário de preços elevados. Grandes corporações, com um planejamento mais robusto, conseguem ajustar suas despesas em viagens corporativas, muitas vezes redistribuindo recursos de outras áreas. Já as pequenas e médias empresas, com opções mais limitadas, precisam fazer escolhas criteriosas, adiando participações em reuniões e eventos, participando remotamente para lidar com as restrições orçamentárias.
“As viagens corporativas continuam impulsionando o setor. Esse incremento, embora seja bem-vindo, está relacionado ao encarecimento de diversos serviços. O mercado permanece robusto, mas a capacidade de ajuste das empresas é crucial para superar os desafios e garantir uma sustentabilidade financeira a longo prazo. A análise desses dados indica a necessidade de uma gestão ainda mais flexível e eficiente”Luana Nogueira, diretora executiva da Alagev