O Henley Passport Index, ranking global que classifica os passaportes de acordo com os destinos que seus portadores podem acessar sem visto, acaba de ser atualizado. A lista de 2023 mostra que, pela primeira vez em cinco anos, o Japão perdeu o posto de passaporte mais poderoso do mundo.
Agora quem ocupa o primeiro lugar é Singapura, cujo passaporte dá acesso a 192 destinos (de um total de 227) sem a necessidade de visto. Em seguida, vem a Alemanha, a Itália e a Espanha, com acesso sem visto a 190 destinos, e os portadores de passaporte japonês se juntam aos de outras seis nações – Áustria, Finlândia, França, Luxemburgo, Coréia do Sul e Suécia – no 3º lugar, com acesso a 189 destinos sem visto prévio. O Brasil ocupa a 19 ª posição no ranking e os brasileiros com passaporte podem ter acesso a 168 destinos sem a necessidade de visto.
O levantamento foi realizado com informações fornecidas pela Iata, que classifica os passaportes do mundo com base no número de destinos que seus portadores podem acessar sem visto prévio.
Oportunidades de negócios
De acordo com o presidente da Henley & Partners e inventor do conceito de índice de passaporte, Christian H. Kaelin, apenas oito países em todo o mundo têm menos acesso sem visto hoje do que há uma década, enquanto outros têm mais sucesso em garantir mais liberdade de viagem para seus cidadãos.
“Muito mais do que apenas um documento de viagem que define nossa liberdade de movimento, um passaporte forte também oferece liberdades financeiras significativas em termos de investimento internacional e oportunidades de negócios. A conectividade e o acesso global tornaram-se características indispensáveis para a criação e preservação de riqueza, e seu valor só crescerá à medida que a volatilidade geopolítica e a instabilidade regional aumentarem”, destaca Kaelin.
O CEO da Henley & Partners, Juerg Steffen, afirma que os países com políticas de vistos acolhedoras podem ajudar a estabelecer vínculos com outras nações para garantir e, por sua vez, conceder isenções de visto valiosas.
“A política de vistos é uma alavanca significativa que os governos podem usar para impactar positivamente e melhorar o poder de seus passaportes, tornando-os ainda mais atraentes para investidores estrangeiros que buscam cidadania ou residência por oportunidades de investimento. Para empreendedores e empresários, melhorar sua mobilidade econômica por meio do acesso sem visto a economias mais estáveis e mercados-chave que representam uma proporção maior do PIB mundial fornece um caminho para jurisdições lucrativas, ajuda a mitigar riscos específicos de países ou regiões, e permite que eles construam parcerias valiosas com líderes do setor e expandam sua própria rede de inovadores e investidores”, conclui.
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Fonte: Panrotas